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Quanto de dinheiro se perde ao secar o café até 10% de umidade nos patamares atuais de preços (R$$)?

Quanto de dinheiro se perde ao secar o café até 10% de umidade nos patamares atuais de preços (R$$)?

A recepção do café em cooperativas e exportadoras segue um padrão bem definido: os grãos devem apresentar entre 11% e 12% de umidade. Acima ou abaixo dessa faixa, o café pode ser recusado ou sofrer deságio no preço.

Mas afinal, quanto custa em valores reais ao produtor secar o café até 10% de umidade?
É o que vamos analisar neste artigo.


📉 O impacto direto no bolso do produtor

Vamos começar com uma simulação bastante comum na rotina de muitas propriedades cafeeiras:

  • Uma saca de 60 kg de café beneficiado a 11,5% de umidade contém 6,9 kg de água.
  • Se esse café for desidratado até 10%, a diferença de 1,5% equivale a aproximadamente 900 g de massa por saca.

Na cotação atual (25/09/25), o café tipo 6 está sendo comercializado a R$ 2.200,00 por saca de 60 kg.
Isso significa que cada quilo de café vale R$ 36,67 (R$ 2.200 ÷ 60).

👉 Logo, os 900 g perdidos ao secar até 10% correspondem a R$ 33,00 por saca.

Em uma safra de 1000 sacas, isso representa R$ 33.000,00 literalmente evaporando em água.


📦 A redução no número de sacas

Além da perda direta de peso, o produtor enfrenta outro problema: a diminuição no número final de sacas.

  • 1000 sacas de 60 kg a 11,5% de umidade
    ➡️ se transformam em apenas 983 sacas quando ajustadas para 10%.

Ou seja, o produtor deixa de ter 17 sacas para vender.
Com o preço de R$ 2.200,00 cada, isso significa mais R$ 37.400,00 em prejuízo.

Somando os dois fatores:

  • 💸 R$ 33.000,00 (perda em peso)
  • 💸 R$ 37.400,00 (17 sacas a menos)

➡️ O prejuízo total pode chegar a R$ 70.400,00 em apenas uma safra de mil sacas.


⚖️ Secagem correta: qualidade e rentabilidade

Secar café não é simplesmente colocar os grãos no secador e esperar atingir 11,5%.
Durante a desidratação, várias variáveis influenciam diretamente o lucro final do produtor:

  • Taxa de secagem fora do padrão pode representar até R$ 100,00 por saca em perdas.
  • velocidade de retirada da água tem relação direta com a preservação da qualidade do grão.
  • temperatura e umidade do ar aquecido precisam estar em equilíbrio; caso contrário, o processo pode se inverter e o grão voltar a absorver água.

Isso gera desperdício de tempo, energia elétrica, biomassa (lenha/palha) e mão de obra.


🚀 Conclusão

secagem de alta performance vai muito além de preservar qualidade sensorial.
Ela é, sobretudo, uma forma de proteger o lucro e a rentabilidade do negócio.

Cada ponto percentual de umidade mal ajustado pode custar milhares de reais ao produtor.
Por isso, investir em tecnologia e controle do processo não é gasto, é estratégia de sustentabilidade econômica e competitividade no mercado de café.

Todo o conteúdo deste artigo foi desenvolvido e escrito por Rodrigo Mira, com base em sua expertise e experiência de mais de uma década no desenvolvimento de tecnologias para o agronegócio do café.
A inteligência artificial foi utilizada exclusivamente para apoio na diagramação, estruturação do texto e criação das imagens ilustrativas.

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