Os secadores de leito fixo, conhecidos como secadores de caixa, foram desenvolvidos na década de 1980 pela UFV (Universidade Federal de Viçosa). A versão original possuía câmara circular, mas as versões retangulares se popularizaram por serem mais simples e econômicas.
Entre 2015 e 2016, o modelo ganhou destaque na Zona da Mata Mineira, pela sua viabilidade, e logo se espalhou para regiões como o Sul de Minas e o Norte Pioneiro do Paraná.
Apesar dos secadores rotativos serem amplamente utilizados na secagem do café, os secadores de caixa possuem vantagens que justificam sua utilização como:
✅ Vantagens do Secador de Caixa
- Custo menor de construção e manutenção → pode ser construído localmente, com materiais simples.
- Baixo consumo de energia elétrica → ventiladores axiais geralmente consomem menos que sistemas mais complexos.
- Capacidade de trabalhar com lotes médios a grandes sem necessidade de mão de obra constante.
- Boa alternativa para pequenos/médios produtores que não podem investir em rotativos.
- Mais flexível para quem ainda combina terreiro + secagem mecânica (usa-se o secador de caixa para terminar a secagem).
❌ Desvantagens do Secador de Caixa
- Secagem menos uniforme → especialmente se a camada for muito alta ou se faltar revolvimento.
- Maior risco de fermentação ou mofo se o processo não for bem conduzido.
- Dependência de boas práticas manuais (revolvimento, carregamento, controle da altura da camada).
- Qualidade final pode ser inferior ao rotativo em termos de bebida, se não houver manejo adequado.
🔧 Como minimizar as desvantagens
- Secagem menos uniforme
Evite colunas de grãos muito altas. Quanto maior a camada, mais difícil o ar quente atravessar — ele entra quente e seco e sai frio e úmido na superfície. - Fermentação negativa (mofo e grãos ardidos)
Ocorre pelo acúmulo de umidade que sobe para a superfície. O revolvimento correto evita o problema — mas exige atenção ao momento ideal de realizar a operação. - Dependência de boas práticas manuais
Sistemas de automatização como os da Campotech já monitoram pontos críticos de temperatura:- Base do secador (primeiro contato com o ar quente)
- Meio (onde a temperatura deve ser 50% da do ar)
- Superfície (maior risco de fermentação negativa)
- Qualidade final pode ser inferior
Com bom manejo e tecnologia, a secagem no secador estático pode atingir qualidade comparável ao rotativo, com a vantagem de não causar dano mecânico aos grãos.
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Todo o conteúdo deste artigo foi desenvolvido e escrito por Rodrigo Mira, com base em sua expertise e experiência de mais de uma década no desenvolvimento de tecnologias para o agronegócio do café.
A inteligência artificial foi utilizada exclusivamente para apoio na diagramação, estruturação do texto e criação das imagens ilustrativas.